terça-feira, 27 de novembro de 2012

Video referente ao 8° Mês de TH

 
Mensagem contendo conteúdo inadequado, não serão postadas.



Gente video novo da minha transição, referente ao 8° mes de TH! Até mais....



sábado, 10 de novembro de 2012

8° Mês de Terapia Hormonal

Mensagem contendo conteúdo inadequado, não serão postadas.



Olá depois de um bom tempo sem postar, estou eu aqui novamente. Queria mostrar algumas fotos mais recentes desta minha caminhada.

Como podem notar as mudanças mais profundas são no rosto, porém, no corpo ainda estão um pouco lentas, mais foi um grande salto.

Minha Dieta Hormonal:

- 6 mg de 17-b estradiol (fracionados);
- 2 doses de dissipador de hormônio 17-b estradiol em gel;
- 5 mg de medroxiprogesterona nos 10 primeiros dias de cada mês;
- 50 mg de acetato de ciproterona, fracionados (duas vezes ao dia).










domingo, 1 de abril de 2012

1° Mês de Terapia Hormonal TMF

Mensagem contendo conteúdo inadequado, não serão postadas.


olá boa noite a todos, e que bom estar de volta com todos vocês novamente.  Bem, como prometido estou aqui para relatar todas as minhas experincias na minha transformação, já que estou decidida a ser o que sou, e não quero viver um dia a mais como Gabriel Teodoro.

No primeiro mês não houve tantas mudanças ou melhor quase nada, porém:

Esse são os medicamento que uso:

 - Espirolactona 100mg, que abaixou minha pressão e tive alguns epsódios de tontura, mais isso começou apartir do 15°, mais depois sintomas sumiram;

- Sinto um pouco cansada, e com dores que eu não tinha antes na musculatura, talvez fraqueza;

- Meus seios só estão um pouco doloridos e um pouco sensiveis, mais só quando a roupa é justa demais e me deito, porém teve um leve aumento, mais nada exagerado;

- Tive alguns epsódios de dores de cabeça, mais que já passaram, talvez tenha sido a espirolactona.

-Meus cabelos cresceram muito bem, até asustei, talvez seja efeito da finasterida de 2 mg que uso;

- e por último, estou um pouco extresada e fico deprimida boa parte do tempo, talvez pela minha espectativas...faculdades..emprego ...essas coisas.


Bom essas foam minha observações! Até mais...

A desumanização camuflada

Mensagem contendo conteúdo inadequado, não serão postadas.


Trabalhadoras transexuais em destaque Por Jaqueline Gomes de Jesus em 13/03/2012 na edição 685

Mensagem contendo conteúdo inadequado, não serão postadas.

Muito bom, vale a pena ver!


Entre discussões infantis sobre o que é ser mulher e depoimentos naturalizantes, que defendem a formatação dos corpos, disfarçados de elogio, grande parte da mídia aproveitou o Dia Internacional da(s) Mulher(es) para tratar dos desafios das mulheres que vivenciam a transexualidade, mesmo que de forma limitada.
Ao longo dos últimos anos, o tema tem sido mais abordado, mesmo que com base em muita desinformação e com enfoque em aspectos “curiosos”, voltados apenas a procedimentos cirúrgicos ou dificuldades relativas ao registro civil, como se fossem o único elemento importante na vida de pessoas transexuais de ambos os gêneros, desconsiderando a sua diversidade de vivências como seres humanos – em casa, na rua, no trabalho.
As mulheres sempre participaram do mundo do trabalho: subalternizadas, mas estavam lá. A partir das novas ideias e comportamentos trazidos com o movimento feminista e a liberação sexual, a percepção sobre quem são as mulheres se ampliou, deixou de apenas se remeter à mulher branca, abastada, casada, com filhos, e passou a acatar a humanidade e a feminilidade de mulheres outrora invisíveis: negras, indígenas, pobres, com necessidades especiais, idosas, lésbicas, bissexuais, solteiras etc. e, recentemente, transexuais.
Revolução silenciosa
Entretanto, ainda hoje, no século 21, as mulheres transexuais sofrem para terem garantido o direito à identidade, a serem reconhecidas social e legalmente pelo gênero com que se identificam e querem ser identificadas. Jovens desistem de estudar em escolas onde são agredidas diariamente, quando não são expulsas. Desprezadas por suas famílias, são novamente violentadas e igualmente expulsas. Apesar de tanta dor e exclusão, elas perseveram por causa da felicidade íntima que sentem por serem quem são, amam e são amadas por alguns, formam famílias.
A vida corporativa reflete a discriminação a que são submetidas na sociedade. Mesmo que se tornem adultas qualificadas, veem restringidas suas oportunidades de trabalho: permitem-lhes ser cabeleireiras, costureiras, artistas ou prostitutas. Nada mais. A sociedade que despreza essas mulheres é a mesma que as explora, de maneira hipócrita, financiando um mercado movimentado de pornografia e desumanização.
A empregabilidade das pessoas transexuais é um aspecto crucial para sua cidadania, porém esquecido pelo poder público. Entretanto, algumas dessas mulheres, em função de lutas individuais e reivindicações dos movimentos sociais, conseguem se destacar, ocupam outros espaços, sobrevivem para se tornarem símbolos, nesta e naquela organização, de uma mudança profunda neste país: o entendimento de que a identidade de gênero não é determinada por cromossomos, órgãos genitais, documentação ou cirurgias, ela é determinada pela forma como as pessoas se identificam, como se sentem e como preferem ser tratadas neste mundo. É uma revolução silenciosa.
A mídia tem muito a contribuir
Apesar de haver pessoas transexuais nos diferentes espaços sociais, políticos, técnicos ou acadêmicos, a visibilidade dessas pessoas nos meios de comunicação, é concentrada no aspecto marginal ou criminal vivido por uma parcela dessas, em função da discriminação que vivenciam, e pouco no seu cotidiano, como se não interessasse conhecer as demandas profundas de tais homens e mulheres.
Há muito por se fazer. A maioria dos ambientes de trabalho continua a obrigar mulheres transexuais a se vestirem, a se identificarem publicamente e a utilizarem banheiros que não correspondem a quem elas são. Desrespeito que se tenta justificar com normas e costumes autoritários. Felizmente, aumenta o número de locais de trabalho que entendem os direitos das pessoas e se tornam espaços de libertação para as pessoas transexuais.
Não é difícil e não envolve muitos custos porque no fim das contas as mulheres transexuais só pedem para serem vistas como seres humanos e tratadas como elas são: mulheres. E a mídia tem muito a contribuir nesse sentido: basta apresentá-las com respeito, como qualquer pessoa merece.
***
[Jaqueline Gomes de Jesus é psicóloga e doutora em Psicologia Social e do Trabalho pela Universidade de Brasília]